Liberdade, Liberdade...

Foto: Lucas Pasin

Conhecido por sua população de predominância oriental, o bairro da Liberdade, que traz seu nome dos tempos da abolição dos escravos, já foi palco de grandes lutas na história da Capital. Nome totalmente propício para eu me libertar daquela situação. Era quase uma escravidão, preso por uma pessoa que tem um ego maior do que seu próprio coração e que certamente com uma dose de humildade seria um cara melhor.

A alegria do bairro é marcada por sua decoração no estilo oriental, músicas japonesas e karaokês, além dos famosos restaurantes com deliciosos quitutes orientais, apenas um bônus extra para marcar uma região que já me trazia o sentimento de felicidade.

Falar em karaokê, para a colônia nipo-brasileira, é falar sobre os concursos que acontecem nos finais de semana, durante todo o ano. Nesses campeonatos participam cantores amadores, divididos em diferentes categorias, por nível técnico e idade. No mês de julho acontece o famoso "Brasileirão", Concurso Brasileiro da Canção Japonesa.

Animação garantida, mesmo sem entender "bulhufas" do que eles dizem podemos compreender a emoção que a música japonesa passa por meio das expressões no rosto e empolgação da platéia.

Andar por aquelas ruas é certeza de se surpreender a cada esquina com belíssimas construções, luminárias tipicamente orientais, placas dos estabelecimentos escritas em caracteres orientais e pessoas que trazem a simpatia no olhar. Um bairro bem movimentado, e como quase todos de São Paulo, tem barulho a madrugada toda, o que me passa a sensação de que os paulistanos realmente não dormem.

O bairro marca uma nova etapa na minha vida, com direito a cama de casal, decoração oriental e uma vista para muitos prédios, o que sempre me encantou, a magia e grandiosidade dessa capital, que mesmo tão grande e com culturas diferenciadas recebe muito bem cada novo morador.